quinta-feira, 26 de junho de 2008

Maternidade de Bragança não aconselha presença do pai nas cesarianas

Na maternidade de Bragança, do Centro Hospitalar do Nordeste, os pais são aconselhados a não assistir às cesarianas. Se um parto tiver ser feito recorrendo a este tipo de cirurgia, os progenitores são sensibilizados para não estarem presente durante o nascimento.
O director clínico do centro hospitalar explica que há inconvenientes, dado tratar-se de um acto médico feito no bloco operatório. Sampaio da Veiga entende que é necessário “explicar ao pai que a cesariana se processa num ambiente esterilizado, com condições muito próprias e portanto não era aconselhável estar presente, porque não estando habituado podia trazer-lhe algum mal-estar”. “A cesariana é uma operação que tem todas as condições e exigências de uma cirurgia de barriga aberta e por isso impressiona mais do que uma situação de parto”, defende o director clínico.
Para além disso, Sampaio da Veiga salienta que a presença de um elemento externo no bloco operatório pode representar risco de infecções. “O estar num bloco operatório é uma situação constrangedora, a pessoa não se sente a vontade e pode cometer erros de posição, de estar, pode reagir de forma negativa à situação”, explica Sampaio da Veiga referindo que “é preciso respeitar as condições mínimas de higiene e de cuidados para evitar complicações que sempre podem surgir”.
No entanto, o director clínico adianta que até ao momento não houve pedidos por parte dos pais para assistir a cesarianas. “Não há pedido para os pais assistirem, apenas há assistência na sala de partos normal”, revela o director clínico do centro hospitalar. “A ida ao bloco operatório, que é o que implica uma cesariana, não há registo de solicitações, se houvesse seria explicado e pedida a colaboração e compreensão das pessoas para que não assistissem a essa cesariana”, conclui Sampaio da Veiga.
Na maternidade de Bragança, os pais só podem assistir ao nascimento dos filhos quando tal acontece nas salas de partos.
Uma possibilidade que advém da concentração do serviço na unidade hospitalar da capital de distrito, onde foram criadas duas salas de parto.


Publicado in "Rádio Brigantia" (24 de Junho de 2008)

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Médicos de leste e brasileiros substituem clínicos espanhóis

Os médicos espanhóis estão a abandonar o distrito de Bragança.
Sobretudo nos últimos dois anos metade dos clínicos que trabalhavam nos centros de saúde regressaram a Espanha.
Contratos mais atractivos no país de origem estão a aliciar os médicos a voltar a casa e consequentemente a abandonar a região.
Em 2006, havia na sub-região de saúde de Bragança, cerca de 14 clínicos. Agora são sete.
“Anteriormente nós tínhamos vários médicos espanhóis que vinham fazer a especialidade em medicina geral nos centros de saúde e ficavam cá” a afirma coordenadora da sub-região de saúde de Bragança. “Em 100 médicos de família, que é o total que temos nos centros de saúde, tínhamos 14 médicos, mas nos últimos dois anos perdemos sete e não têm vindo mais médicos espanhóis a ocupar as vagas do internato da especialidade” adianta Berta Nunes. A responsável entende que esta situação “se deve ao facto de na Galiza e em Castilla e Léon os médicos estarem a ser mais procurados e serem oferecidos outros contratos que devem ser mais atractivos e que os leva a sair”.
Para substituir estes médicos têm vindo a ser contratados outros profissionais, alguns vindos de países de leste. “Há sempre alguma dificuldade em contratar médicos para o interior mas nós temos conseguido fazer contratos com clínicos de outra nacionalidades nomeadamente dos países de leste, brasileiros e alguns dos PALOP que estão, de certa forma, a colmatar essa falha”, refere.
Já no Centro Hospitalar do Nordeste, esta situação não se verifica.
Segundo o director clínico, os médicos espanhóis que ali prestam serviço não têm manifestado interesse em sair. “São 14 médicos” afirma Sampaio da Veiga. “Nove são do quadro de especialistas como a neurologia, anestesia e cirurgia, e cinco de medicina geral que participam no serviço de urgência”. O responsável explica que “neste momento estão todos a trabalhar e não houve nenhuma denúncia de contrato nem sentimos qualquer dificuldade em mantê-los”.
Sampaio da Veiga garante que os profissionais estão perfeitamente integrados, sendo que alguns já constituíram família em Portugal.




Publicado in "Rádio Brigantia" (18 de Junho de 2008)

Hospital de Bragança desmente erro nas obras da urgência


Não há qualquer erro nas obras de construção da nova urgência do Hospital de Bragança, quem o diz é Henrique Capelas, presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar do Nordeste, em resposta a uma notícia publicada na edição desta semana do Jornal Nordeste. O semanário dá conta de um erro que obrigou a rebentar com grande parte de uma placa de cimento para aumentar a altura dos pilares.Henrique Capelas, diz que não se trata de nenhum erro, apenas foi decidido instalar uma nova tecnologia de extracção de ar, muito comum nas salas de cirurgia. Como a nova urgência vai dispor desta valência, decidiu-se instalar o referido sistema de ar condicionado, o que levou a pequenas alterações na obra. Apesar destas alterações, o atraso que poderá causar na conclusão da obra é ridículo, diz Henrique Capelas. A nova urgência do Centro Hospitalar do Nordeste deverá estar pronta em Janeiro do próximo ano.


Publicado in "Rádio RBA" (18 de Junho de 2008)

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Aumento de 50% na procura de dietéticos em Bragança


Já começou a corrida aos dietéticos na cidade de Bragança. De acordo com alguns farmacêuticos, nesta altura do ano, há uma procura exponencial de produtos para ajudar a emagrecer. Relativamente à época de Inverno o aumento situa-se na ordem dos 50%.
Com o aproximar do Verão as mulheres entre os 30 e os 50 anos de idade são as que mais procuram este tipo de medicamentos, mas segundo alguns farmacêuticos há cada vez mais homens a querer um suplemento para reduzir o peso.
Nas farmácias faz-se publicidade a Anti-celulíticos, cremes, comprimidos para emagrecimento, entre outras ofertas. “Nesta fase começa haver uma procura maior desse tipo de produtos começam a preocupar-se com a forma para o verão”, refere uma das farmacêuticas entrevistadas pela Brigantia, acrescentando que “hoje em dia já se nota a nível dos homens uma grande preocupação com a procura destes produtos, já percebem que é importante manter a forma e que já há produtos específicos para eles”. “A partir de Março, todos os anos sente-se uma maior procura, mais de 50%”, considera outra farmacêutica.
Os farmacêuticos recomendam exercício físico aliado ao efeito dos medicamentos e por isso os responsáveis pelos ginásios de Bragança também sentem uma forte procura nesta altura do ano. “Eu diria que é substancial, sentimos que de facto nesta altura há uma maior procura de novos frequentadores”, refere o proprietário de um ginásio de Bragança. “Já há quatro anos que trabalho nesta área e sempre nesta altura do ano a afluência é muito superior, os homens são mais fiéis na procura”, admite a responsável de um ginásio brigantino.
Elisabete Ventura, nutricionista do centro de saúde de Bragança, admite que os produtos para ajudar a emagrecer podem ter algum efeito, mas salienta que há outras atitudes a tomar relativamente ao estilo de vida. “Pode a curto prazo ter algum efeito, mas em primeiro lugar ter uma alimentação equilibrada, fazer uma boa ingestão de água, e praticar exercício”, defende a nutricionista salientando que “normalmente estes três cuidados acabam por evitar ter que se chegar ao uso de determinados produtos”.
Danças africanas, artes marciais, aeróbica, step, cardiofitness são várias as actividades que estão disponíveis nos ginásios e que os brigantinos procuram com maior assiduidade nesta altura do ano, em que estamos a cerca de um mês do início oficial do Verão.


Publicado in "Rádio Brigantia" (28 de Maio de 2008)

Gestão do Serviço de Urgência Básica gera polémica em Macedo


A câmara de Macedo volta a contestar a gestão do Serviço de Urgência Básica da cidade pela Sub-Região de Saúde de Bragança, apesar de estar a funcionar nas instalações da Unidade Hospitalar distrital. A autarquia não concorda com esta situação que quer ver alterada.
O serviço de urgência básica funciona afectado ao centro de saúde, mas segundo a autarquia deveria estar a cargo da direcção do Centro Hospitalar do Nordeste, ou seja, do hospital distrital de Macedo. Uma decisão que vem em despacho no Diário da República, e para que não restem dúvidas, o presidente Beraldino Pinto levou para a reunião de Câmara cópias dos documentos que comprovam a decisão do Governo. “O despacho é muito claro, o hospital de Macedo integra a rede de urgências”, assinala o autarca referindo que “é isso que nós exigimos, que seja cumprido por ser de direito próprio e por ser legalmente o que está definido”.
Em posse dos documentos, o vereador da oposição, Rui Vaz, não está ainda convencido da necessidade de afectar o serviço de urgência ao Hospital. “ Estou preocupado é que a saúde em Macedo e em particular o serviço de urgência básico seja eficiente e seja aquilo que os macedenses exigem”, considera o vereador afirmando que “a partir desse momento, seja de um lado seja do outro, acho que é secundário”.
Documentos à parte, a gestão do serviço de urgência básica de Macedo vai continuar a cargo do centro de saúde, até que Ana Jorge algo indique em contrário. A autarquia já contactou a ministra da saúde, mas ainda não obteve resposta.
Um assunto que tem sido debatido durante as últimas três sessões do executivo camarário de Macedo de Cavaleiros.
Publicado in "Rádio Brigantia" (27 de Maio de 2008)

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Jovem de Bragança morreu com anorexia

Um caso de morte por anorexia já foi registado em Bragança.
Aconteceu há 10 anos mas o problema não deixa de ser actual. Na região há vários casos de adolescentes a sofrer desta doença.
As raparigas são as mais afectadas por esta disfunção alimentar, mas os jovens de sexo masculino, mesmo que em menor número também são atingidos pela patologia. E o caso de morte ocorreu precisamente com um rapaz de 15 anos.
A anorexia nervosa esteve em análise, ontem no Instituto Português da Juventude, no âmbito do trabalho: “Anorexia Nervosa/Influência Social”, apresentado por um grupo de alunos da Escola Superior de Educação de Bragança.
Elisa Vieira, pedopsiquiatra relembrou que Bragança já teve um caso de morte por anorexia. “Houve apenas um, mas quando chegou á primeira consulta num estado de caquecia de tal ordem que teve de ser transferido para um hospital central e já não havia nada da a fazer” conta. Esta especialista afirma ainda que na região “há alguns casos tanto de bulimia como de anorexia e entrando no estado de doença há alguns mas não são muitos”.
Elisa Vieira não quer deixar conselhos aos jovens que ajudem a prevenir a doença, prefere enviar a mensagem aos fabricantes de roupa. “Há algumas marcas preferidas dos jovens que foram proibidas de fazer tamanhos S mas se formos às lojas encontramos jovens magras a dizer que não se conseguem meter dentro de um L”. Por isso defende que tem de “haver uma legislação que obrigasse a fazer tamanhos maiores”.
Na sessão estiveram presentes alunos de algumas escolas de Bragança.
Marta Morgado, porta-voz do grupo responsável pela realização do trabalho garante que os jovens ficaram sensibilizados com o tema. “Recolhemos alguns vídeos que tinham imagens chocantes e só desta maneira é que se incentivam e por isso acho que alguns ficaram sensibilizados”.
A anorexia nervosa caracteriza-se por uma rígida e insuficiente dieta alimentar, envolvendo componentes psicológicos, fisiológicos e sociais.
A anorexia pode mesmo colocar em risco a vida da pessoa e comprometer drasticamente a saúde.



Publicado in "Rádio Brigantia" (20 de Maio de 2008)

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Hepatite afecta três por cento da população

Toxicodependentes são população de risco, mas grande parte dos casos não está identificada
Cerca de 3% da população está infectada com o vírus da hepatite B e C. No entanto, os números poderão ser maiores, já que os grupos de risco, como os toxicodependentes, são os que apresentam maior prevalência desta doença e a maioria deles não estão identificados.
Os dados foram revelados à margem de uma conferência, realizada na semana passada, no Instituto Politécnico de Bragança, vocacionada para os proffissionais de saúde.
Considerada por Fernando Andrade, do Centro de Respostas Integradas (CRI), como uma "doença comportamental", relacionada com comportamentos de risco, as hepatites devem ser alvo de sobretudo de prevenção.
Os especialistas consideram que é necessário alertar a população que usa drogas por via intravenosa para que não partilhem seringas. Mas o alerta deve ser também dado aos mais jovens, para que não tenham relações sexuais desprotegidas.
O CRI trabalha com a população que usa drogas ilícitas e licitas, como é o caso do álcool e do tabaco. Dos 1400 utentes inscritos, os especialitas referem que apenas 855 foram rastreados. Acresce ainda que parte da população infectada está em estabelecimentos prisionais, local onde, segundo os especialistas, "existe grande valência de doenças infecto-contagiosas".
Sempre que é detectado um doente com hepatite, os especialistas reencaminham-no para as consultas de Medicina para dar início ao tratamento. Todos os medicamentos necessários são fornecidos pelo Hospital e têm efeitos laterais semelhantes à gripe. No entanto, conforme sublinhou Eugénia Parreira, são tratamentos que permitem reduzir a carga viral e o risco da doença evoluir. Por isso, os utentes devem ser seguidos durante meio ano ou um ano, sem interrupções, consoante as indicações do médico.
"O pior que pode acontecer é o doente suspender o tratamento", alertou a especialista, uma vez que isso leva à resistência do vírus a novas terapêuticas.
Da experiência que tem como profissional no serviço de Medicina Interna no Centro Hospitalar de Bragança, Eugénia Parreira afirma que quase 90% dos doentes leva o tratamento até ao fim, embora com "muito sacrifício pessoal".
A hepatite B é transmitida através de sangue, agulhas, materiais cortantes contaminados, tintas de tatuagens ou relações sexuais. Já a hepatite C é transmitida, sobretudo, através de transfusões sanguíneas, uso de drogas, entre outras.
Escrito por Carla A. Gonçalves e publicado in "Mensageiro" (16 de Maio de 2008)

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Pediatria com novas tecnologias


Crianças internadas no hospital passam a poder aceder à Internet num novo espaço

O Centro Hospitalar Nordeste inaugura amanhã, no serviço de pediatria do Hospital de Bragança, uma sala de informática para utentes, no âmbito do programa “Um Sorriso com as TIC”, da Fundação para a Divulgação das Tecnologias de Informação. Na sala foram instalados cinco computadores multimédia, com ligação à internet em banda larga e conteúdos lúdico-informativos destinados as crianças e adolescentes, até aos 16 anos, internados no serviço de pediatria deste Hospital. O objectivo fundamental do espaço é permitir uma maior humanização e amenização da permanência das crianças em meio hospitalar. Na sala de informática da pediatria os internados podem aceder à internet, a material lúdico, preparado para estas faixas etárias, e comunicar com os pais ou amigos, através dos serviços on-line disponíveis. Os computadores estão equipados com webcam e software que permite a comunicação em tempo real. As primeira unidades a usufruir deste serviço foram o Instituto Português de Oncologia do Porto, o Hospital Pediátrico de Coimbra e o Hospital D. Estefânia, em Lisboa. O programa, da Fundação para a Divulgação das Tecnologias de Informação, tem como parceiros o Ministério da Saúde, a Secretaria do Estado do Desporto e os hospitais aderentes. A instalação dos equipamentos em Bragança só foi possível numa terceira fase do programa, dada a taxa de ocupação deste serviço ser inferior à de muitos outros hospitais do país, que também se apresentaram a concurso. A inauguração do equipamento neste Hospital conta com a presença do secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Laurentino Dias, e de Idália Moniz, Secretária de Estado da Reabilitação. Após a inauguração do equipamento da pediatria, Laurentino Dias irá ainda inaugurar o campo de futebol da Unidade de Doentes de Evolução Prolongada, recentemente requalificado. Esta foi uma obra realizada pelo Centro hospitalar, ao abrigo do programa Interreg, que custou 60 mil euros.



Escrito por Ana Preto e publicado in "Mensageiro" (15 de Maio de 2008)

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Asma sem meios de diagnóstico

Sub-Região de Saúde quer identificar todos os asmáticos e promover o auto-controle da doença
Faltam meios no distrito para diagnosticar correctamente os doentes com asma. No distrito existem cerca de 1500 pessoas que sofrem desta doença crónica mas o número poderá ser mais elevado uma vez que ainda não há um registo acerca destes doentes. No Dia Mundial da Asma, que se assinala hoje, a Sub-Região de Saúde promove, nos vários centros de saúde do distrito, sessões informativas acerca da asma e alguns rastreios. A coordenadora da Sub-Região de Saúde de Bragança considera que existe muita falta de informação acerca da asma e que, por vezes, as pessoas confundem os sintomas com constipações e rinites. A asma caracteriza-se pela falta de ar (dispneia), sibilos (gatinhos), tosse seca e sensação de aperto no peito. Embora se desconheçam quais os factores que desencadeiam esta doença crónica, os especialistas apontam que os alergénios inalados, como o pó, ácaros, pólens e pelos de cães e gatos, podem desencadear crises, assim como o tabaco, o fumo e a poluição ambiental, certos medicamentos e exercício físico. . Acontece que no distrito faltam também meio de diagnóstico às alergias, que podem agravar os sintomas da asma sobretudo na altura da Primavera. O Centro Hospitalar do Nordeste conta apenas com um pneumonologista que não consegue dar resposta a todas as necessidades, obrigando ao encaminhamento de doentes para Vila Real ou para o Porto.
“Você pode controlar a sua asma”
Ainda assim, a coordenadora diz que está a ser feito um esforço para dar formação nesta área aos profissionais de saúde, nomeadamente médicos e enfermeiros. O objectivo é vir a identificar e a diagnosticar todos os doentes com asma e promover o auto-controle da doença. “É possível ensinar os doentes a controlar a asma para que possam ter uma vida normal, sem sintomas ou com sintomas mínimos”, explicou. Para isso, a Sub-Região pretende promover sessões informativas individuais e de grupo. Ao mesmo tempo, todos os centros de saúde serão equipados com debitometros, pequenos aparelhos que medem a capacidade respiratória e indicam se o doente está melhor ou pior. Conforme explicou Berta Nunes, se a pessoa estiver com a asma controlada, “os valores serão normais ou próximos do normal”. Caso contrário, a capacidade respiratória estará comprometida até porque a inflamação implica um estreitamento das vias respiratórias provocando dificuldades na expiração. A coordenadora vai ainda apelar aos especialistas para que apliquem os testes de espirometria, um exame que mede a quantidade de ar que passa pelos pulmões e que “é essencial para o diagnóstico da asma”. O número de asmáticos em Portugal ronda dos 600 mil, um número que na última década duplicou. A tendência, segundo a coordenador, é mesmo para um aumento da prevalência desta doença na sociedade, sobretudo nas mais urbanizadas. No distrito, a prevalência da doença é idêntica ao resto do país e afecta sobretudo as mulheres. No tratamento de crises asmáticas os doentes devem recorrer aos chamados “medicamentos de alívio”, os broncodilatadores inalados, mas, havendo um diagnóstico correcto, os doentes podem controlar a asma através de medicamentos que evitam o aparecimento de crises.
Escrito por Carla A. Gonçalves e publicado in "Mensageiro" (9 de Maio de 2008)

quarta-feira, 7 de maio de 2008

José Silvano quer reabertura da maternidade

O presidente da Câmara Municipal de Mirandela defende a reabertura imediata da maternidade local. José Silvano sustenta este pedido com a última declaração da Ministra da Saúde sobre o encerramento das salas de parto no pais. Ana Jorge disse, hoje, no parlamento que a realização de 1500 partos anuais não pode ser critério para encerrar as maternidades, sobretudo em zonas onde as pessoas revelam mais dificuldades em aceder aos hospitais.Depois de ouvir esta declaração, José Silvano, o presidente da Câmara de Mirandela, aplaudiu-a. Justifica esta perspectiva de Ana Jorge, porque, segundo ele, a ministra trocou os decretos de Correia de Campos, que encerrou o serviço na cidade do Tua, pela realidade do interior do país. Assim, defende que Ana Jorge haja em conformidade com o que diz e reabra a maternidade de Mirandela. Também o autarca de Chaves salienta que a nova perspectiva da Ministra da Saúde vem dar razão à luta que mantêm no Tribunal Admnistrativo de Mirandela, para manterem a manternidade local. Recorde-se que uma comissão de utentes apresentou uma providência cautelar para tentar anular a decisão tomada pelo ministro Correia, que mandou encerrar a maternidade de Chaves.




Publicado in "http://www.rba.pt/" (7 de Maio de 2008)

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Suspeitas de tuberculose em infantário de Mirandela

Na semana passada, foi efectuado um rastreio a quinze auxiliares e educadoras de infância e os resultados terão dado positivo na maioria dos rastreados. As autoridades de saúde ainda não prestaram informações oficiais sobre o assunto, facto que está a preocupar os pais das crianças que frequentam aquele infantário.
Os pais das crianças do jardim-de-infância da Praça, em Mirandela, estão indignados com a falta de informação das autoridades de saúde sobre os rumores de um eventual surto de tuberculose naquele infantário. O alarmismo surge na sequência do teste de despistagem da tuberculose que foi efectuado no passado dia 21 de Abril aos quinze adultos (auxiliares e educadoras) que trabalham naquele infantário e que, alegadamente terá dado positivo a muitos dos rastreados. Os pais estão desesperados e já falam em retirar os filhos do infantário enquanto não houver esclarecimentos sobre o assunto. “Vou tirar de lá a minha filha e vou aguardar pela notícias do presidente do agrupamento ou do delegado de saúde” refere o pai de uma criança. “Não fomos informados de nada e no mínimo a escola devia informar os pais” afirma uma mãe.
O receio é de tal ordem que alguns pais já tiveram a iniciativa de se deslocar ao centro de saúde para efectuar o rastreio, mas essa possibilidade foi-lhes negada “porque dizem que existe um protocolo e enquanto não for accionado não podem fazer o rastreio” explica esta mãe.
Esta não é uma situação nova. Já o ano passado, foi sinalizado um caso de tuberculose numa funcionária da cantina da residência de estudantes, que serve as refeições do infantário da Praça. Como medida preventiva, as autoridades de saúde efectuaram um rastreio de tuberculose às crianças e adultos do referido infantário tendo dado resultado positivo numa auxiliar, que desde então está de baixa médica. Também aqui, os pais dizem-se revoltados por não terem sido informados deste rastreio aos seus filhos.
O presidente do agrupamento de escolas Luciano Cordeiro diz já ter informações do delegado de saúde que “a situação está controlada” e que “neste momento não há razão para fechar o infantário” que é frequentado 64 crianças e 15 adultos.
Numa nota à imprensa, o delegado de saúde de Mirandela não confirma nem desmente se houve casos positivos no rastreio da semana passada, apenas confirma o pedido de requisição de outros exames complementares de diagnóstico, tais como RX pulmonar e análises da expectoração com pesquisa do bacilo.
Morais Fernandes confirma os dois casos de tuberculose detectados o ano passado nas duas funcionárias acrescentando que são muito pouco contagiosos, uma vez que foi encontrado o bacilo causador da doença no lavado brônquico após 60 dias de cultura e que ambos os casos estão a ser tratados e seguidos.
Escrito por Brigantia, publicado in "www.brigantia.pt" (30-04-2008)

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Simulacro testa resposta do hospital de Bragança em catástrofe


A capacidade de resposta do Hospital de Bragança em situações de catástrofe esteve à prova no sábado à noite.
Realizou-se um simulacro com 30 feridos que resultaram de um acidente no IP4 a envolver um autocarro e três veículos ligeiros, em que um deles se incendiou.
Um exercício que decorreu na sequência de uma formação organizada pelo Grupo de Trauma e Emergência, uma associação nacional, e que pretendeu pôr à prova o plano de emergência do Hospital de Bragança.
Para a realização do exercício foram criados circuitos diferentes para que não interferissem no normal funcionamento da urgência.
Foi a primeira vez que se realizou um simulacro abrangendo em simultâneo as áreas do pré-hospitalar e do intra-hospitalar, sendo criados locais específicos para receber as vítimas.
Para estas situações é constituído um gabinete de crise que definiu o nível dois de gravidade, “em que se torna necessário convocar os médicos e enfermeiros que estão de prevenção” explica Henrique Capelas, o presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar, sendo que no nível um “os funcionários que estão de serviço naquele momento são capazes de responder à situação”. Já o nível três “seria o colapso do hospital e teríamos de convocar outras unidades”.
Para o director clínico, estes exercícios são fundamentais para que os profissionais estejam preparados para responder a situações como esta.
“Até cerca de 30 pessoas temos capacidade porque temos condições sendo que a ampliação na área da consulta externa veio facilitar estas situações com espaços de referenciados conforme a gravidade” afirma Sampaio da Veiga.
No final do simulacro, Filomena Correia, coordenadora médica do Grupo de Trauma e Emergência e responsável pela avaliação do exercício, afirmava que o Hospital de Bragança está preparado para lidar com situações de catástrofe. “O resultado final foi satisfatório pois identificaram-se correctamente os locais onde era necessário fazer a triagem, sendo criada uma zona de expansão para receber os doentes críticos”.
17 profissionais do Centro Hospitalar participaram nesta formação, entre médicos e enfermeiros.
A acção vai ser repetida nos hospitais de Macedo e Mirandela.
Neste exercício, uma das supostas vítimas teve mesmo de ser hospitalizada por causa de uma hipotermia.



Publicada in "Rádio Brigantia" (21-04-2008)

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Tuberculose: Novo surto em Abreiro obriga a rastreio na aldeia de Bragança com maior incidência

Mirandela, Bragança, 18 Abr (Lusa) - A população de Abreiro, no concelho de Mirandela, vai ser sujeita a um rastreio da tuberculose depois do aparecimento de um novo surto na aldeia com maior incidência da doença no distrito de Bragança.
A responsável distrital pelo programa da tuberculose, Fátima Valente, confirmou hoje à Lusa que o rastreio deverá ocorrer dentro de duas semanas.
Este é o prazo necessário, segundo a responsável, para preparar todos os procedimentos, nomeadamente destacar recursos humanos.
Fátima Valente confirmou que um habitante de Abreiro se encontra internado no hospital de Mirandela com tuberculose, uma doença altamente contagiosa.
O rastreio geral foi pedido pela população, depois deste internamento e de o rastreio aos familiares ter detectado outros casos, nomeadamente em crianças em idade escolar, que deixaram de frequentar os estabelecimentos de ensino por precaução.
Segundo informações prestadas à Lusa pelo presidente da junta de freguesia, José Viriato, a autarquia já tinha afixado um edital a anunciar uma sessão pública de esclarecimento para segunda-feira à tarde com o delegado de Saúde concelhio, na Casa do Povo.
De acordo com o autarca, a população começou a reclamar outras medidas e as autoridades sanitárias decidiram fazer uma reavaliação da situação aos cerca de 182 residentes.
Já no ano passado, esta aldeia tinha sido sujeita a um rastreio em que foram detectados dois casos de doença e a presença do bacilo em 10 por cento da população rastreada, segundo a médica Fátima Valente.
“Esperamos que desta vez não haja as recusas que houve no anterior”, disse.
Qualquer pessoa tem direito, perante a lei, de recusar fazer um exame médico.
“Mas as outras pessoas também têm direito à segurança”, considerou a médica, apelando à colaboração de todos.
A responsável distrital pelo programa da tuberculose lembra que nos casos tratados preventivamente, “a probabilidade de as pessoas adoecerem é praticamente nula.
Quem estiver infectado, ainda que sem sintomas, e não se tratar, tem 10 por cento de probabilidades de adoecer nos dois anos seguintes à infecção, de acordo com a médica.
Para prevenir, a população deverá aderir à quimioprofilaxia, a que se resume o rastreio da doença que vai ser novamente efectuado a esta população.
Ninguém sabe explicar estes surtos de tuberculose na aldeia, que já ganhou ao nível do concelho o estigma da doença.
Apenas se sabe oficialmente que, apesar de estar dentro da média nacional, apresenta a maior incidência da doença no Distrito de Bragança.
Na aldeia conta-se que a tuberculose foi detectada há alguns anos entre uma família, que foi submetida a tratamento.
Em 2007, foram detectados novos casos entre diferentes pessoas da localidade, o que levou ao rastreio anterior.
De acordo com a responsável distrital do programa de tuberculose, os casos recentes resumem-se a uma família.




publicado in Lusa escrito por HFI (19 de Abril de 2008)

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Centros de saúde abertos até chegada do helicóptero

A ministra da Saúde garantiu em Bragança que o atendimento à noite nos centros de saúde do distrito de Bragança, se mantém até estar instalada e testada a rede de emergência pré hospitalar




Desde Janeiro deste ano que se aguarda pela chegada de um helicóptero que vai ficar sedeado em Macedo de Cavaleiros e servir todo o distrito de Bragança em situações de urgência. O equipamento vai integrar a rede de emergência préhospitalar que, quando instalada e testada, levará ao encerramento dos centros de saúde à noite, feriados e fins-de-semana. Esta decisão consta do protocolo assinado em finais de Abril do ano passado pelos autarcas do distrito e pela Administração Regional de Saúde do Norte (ARSN), uma política que, ao que tudo indica, vai ser seguida à letra pela actual ministra da Saúde, Ana Jorge. De visita a Bragança a governante deixou claro que manter uma “porta aberta” nos centros de saúde não significa “segurança” para os utentes. “Quando o caso de saúde é grave os utentes devem ser encaminhados para uma verdadeira urgência Hospitalar”, argumentou considerando que manter os centros de saúde abertos com um médico em presença física ou à chamada, não garante a resposta necessária. O referido protocolo estipulava que no prazo de um ano os meios de socorro deviam estar todos instalados mas continua a faltar o helicóptero, um dos equipamentos mais importantes. “O processo de aquisição do helicóptero é complexo, houve atrasos que ultrapassaram a nossa vontade”, disse sem revelar exactamente quando vai chegar esse meio à região. “O que posso garantir é que enquanto não estiver essa rede de emergência a funcionar nada vai encerrar”, reforçou. Ana Jorge esteve recentemente no distrito para visitar e inaugurar diversos equipamentos, nomadamente, no Centro Hospitalar do Nordeste (CHNE), onde “inaugurou” o novo pavilhão de consulta externa, em funcionamento desde finais de 2007. “Estas obras trazem maior humanização aos serviços que aqui são prestados”, comentou depois de
visitar o novo espaço que reúne agora as consultas das diversas especialidades anteriormente dispersas por todo o Hospital. No entanto, o presidente do conselho de administração do CHNE, Henrique Capelas, apontou uma falha à obra: “Precisava de uma sala de espera ainda maior”, disse. Isto porque apesar de as consultas serem marcadas por hora, uma boa parte dos utentes surge logo pela manhã que é quando chegam à cidade os autocarros oriundos dos diversos concelhos. “As pessoas só têm transporte de manhã e como não têm para onde ir até à hora da consulta vêm para a aqui”, constatou justificando desta forma o facto da sala de espera estar constantemente lotada. Henrique Capelas aproveitou ainda a presença da governante para sumariamente lhe apresentar o projecto de remodelação em curso no Hospital de Bragança, explicando-lhe também a importância de outros projectos desenvolvidos nas unidades de Macedo e Cavaleiros e Mirandela. Em Macedo de Cavaleiros Ana Jorge visitou as duas novas salas do bloco operatório, que funcionam com cirurgias programadas, essencialmente na área da ortopedia e otorrino. Esta obra custou dois milhões de euros e está a funcionar já desde Junho de 2007. Ainda em Macedo de Cavaleiros estão em curso as obras de remodelação do antigo centro de saúde que vai dar lugar a uma unidade de convalescença. As obras arrancaram em Março deste ano.




Centro de cirurgia de ambulatório vai acabar com listas de espera


Em Mirandela, com um custo também de dois milhões de euros, foi inaugurado o Centro de Cirurgia de Ambulatório e o Laboratório de Analises Clínicas. As cirurgias de ambulatório podem acabar com as actuais listas de espera que, por exemplo, na área da oftalmologia chegam aos seis meses. “Temos nesta altura 454 utentes em lista de espera para pequenas cirurgias oftalmológicas”, informou o director de serviços, Faria Pires. Este especialista era o único que fazia estas pequenas cirurgias em Mirandela e vai passar a contar com o reforço de mais três oftalmologistas de Bragança, o que significa que em pouco tempo a lista de espera pode ser reduzida para menos de um mês. Ana Jorge admitiu, inclusive, a possibilidade

do CHNE vir a estabelecer um protocolo com a ARSN, no sentido de “combater as listas de espera de outros Hospitais noutros distritos”. A governante, depois de visitar as instalações, garantiu que a nível de equipamentos e tecnologias este centro está ao nível “dos melhores da Europa”.


Escrito por Ana Fragoso in "A Voz do Nordeste" (10-4-2008)

sábado, 5 de abril de 2008

Cerca de 600 AVCs por ano

Mirandela foi uma das 12 cidades do país que prmoveu acções de prevenção sobre os acidentes vasculares cerebrais

O distrito de Bragança é o que regista a maior percentagem de casos de Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC). Segundo Ilda Matos, adjunta do director clínico do Centro Hospitalar do Nordeste (CHN), acontecem cerca de 600 casos de AVC no universo de 150 mil habitantes.
Aquela responsável admite que se trata de uma "incidência elevada" que se deve à prevalência dos factores de risco, principalmente "porque o distrito tem uma pirâmide etária invertida, com muitos idosos". No entanto, também admite que existe alguma "falta de controlo nos chamados factores de risco modificáveis", como é o caso da hipertensão, do aumento do colesterol, obesidade, tabagismo e uma vida sedentária.
Por isso, "a aposta deve ser na prevenção", disse Ilda Matos, no centro cultural de Mirandela, na passada segunda feira, durante a campanha de sensibilização e rastreio à população sobre aquela que é a primeira causa de morte em Portugal, para assinalar o Dia Nacional do Doente com AVC, que aconteceu em mais 11 cidades do país.
Em Mirandela, aderiram à iniciativa mais de três centenas de pessoas. Foram detectados 15 casos dentro do grupo de risco e a necessitarem de uma vigilância mais apertada. "As pessoas mostram-se preocupadas com a sua saúde, embora pouco façam no sentido da prevenção", acrescentou aquela profissional de saúde. Estudos internacionais provam que uma, em cada cinco pessoas, que tenha um AVC, morre nos trinta dias seguintes. Muitos ficam com incapacidade grave, o que "leva a mudar o modo de vida do doente e dos familiares".
Em Portugal o AVC tem uma dimensão alarmante. A sua taxa de mortalidade é de cerca 200, em cada 100 000 habitantes (o que corresponde a morrerem em cada hora 2 portugueses), sendo de mais elevada na União Europeia. É responsável pelo internamento de mais de 25 000 doentes por ano e por elevado grau de incapacidade.
Estes números ajudam a compreender a importância e o peso individual, familiar e social desta doença e reforçam a necessidade de implementar medidas para a combater. Foi com essa finalidade que aconteceram as acções promovidas dia 31 de Março protagonizadas pela Sociedade Portuguesa de AVC, pela unidade de AVC e o serviço de neurologia de Centro Hospitalar do Nordeste.
Ilda Matos revela que deve dar-se atenção às alterações na face, na fala e na força. "A confirmarem-se alguns destes sintomas deve ligar imediatamente o 112".

Escrito por Fernando Pires in "Mensageiro" (4 de Abril de 2008)




Risco Vascular
Prevenir a doença passa, desde logo, por adequar a forma de estar na sociedade, alterando o estilo de vida, mas também, e em concreto, por tratar e controlar a hipertensão, a diabetes e o excesso de gordura no sangue (colesterol e triglicerídeos), mantendo os valores o mais próximo possível do normal.
Entre as medidas gerais a adoptar, contam-se a redução da ingestão de gorduras e das calorias, provenientes principalmente das sobremesas e alimentos de fast-food. Deve-se, igualmente, aumentar o consumo de vegetais (hortaliças e legumes), preferir o peixe em relação à carne, ingerir três a quatro peças de fruta por dia, aumentar o consumo de produtos integrais (pão e cereais), moderar o consumo de leite, queijo e iogurtes (preferindo sempre os magros), promover o abandono do tabagismo, a diminuição do consumo de bebidas alcoólicas e a prática de actividade física regular.

Ministra da Saúde vem a Bragança

Ana Jorge vai inaugurar as intervenções realizadas no Centro Hospitalar

A ministra da Saúde, Ana Jorge, esteve na passada sexta-feira em Bragança para inaugurar a consulta externa da unidade hospitalar de Bragança, o bloco cirúrgico da unidade hospitalar de Macedo de Cavaleiros, o Centro de Saúde de Mirandela e o Centro de Cirurgia de Ambulatório da unidade hospitalar de Mirandela. Alguns destes equipamentos já se encontram a funcionar enquanto que outros foram recentemente intervencionados. Ana Jorge vai proceder ainda à assinatura de um protocolo de cedência das instalações do Ministério da Saúde à Associação de Diabéticos de Trás-os-Montes e irá depois visitar a Unidade de Cuidados Continuados de Vila Flor.

Escrito por Carla A. Gonçalves in "Mensageiro"

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Médicos não vêm para Bragança

Centro Hospitalar do Nordeste denuncia falta de especialistas em várias áreas e diz-se aberto a novas contratações


O Centro Hospitalar do Nordeste precisa de médicos especialistas em várias áreas, como é o caso da Pediatria e está disponível a efectuar contratações. No entanto, segundo revelações do presidente do conselho de administração, Henrique Capelas, à margem de uma conferência de imprensa, o problema é que não há especialistas disponíveis para virem para a região.
O presidente admite mesmo o “perigo real” de não haver médicos em algumas especialidades mas garante que, se tal acontecer, os serviços não serão mantidos.
“A população pode estar certa que, se não tivermos médicos, não vamos ter serviços de fachada. Só teremos as especialidades a funcionar se tivermos médicos suficientes para tratar das pessoas”, declarou.
Confrontado com o problema da urgência pediátrica da unidade hospitalar de Mirandela, Capelas admitiu a disponibilização para contratar mais profissionais, muito embora a urgência pediátrica já esteja a funcionar.

Escrito por: Carla A. Gonçalves in Mensageiro, 24-01-2008

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Reorganização e organização na saúde ainda "assusta" transmontanos

A população sabe que depois de instalada a anunciada rede de emergência pré-hospitalar, o atendimento nocturno nos centros de saúde acaba. A decisão está tomada mas ainda há quem insista na necessidade de manter no distrito o regime de excepção, com um médico de prevenção que possa responder aos casos de doença aguda.Dentro de alguns meses, depois de serem colocadas duas ambulâncias de Suporte Intermédio de Vida (SIV) e um helicóptero no distrito, vai acabar o atendimento nocturno e aos fins-de-semana nos Centros de Saúde de Bragança. Devido às distâncias que separam os concelhos e à falta de uma rede de emergência pré-hospitalar, o ministro da Saúde criou um regime de excepção transitório no distrito, assegurando o atendimento em cada um dos concelhos com um médico em prevenção. As mudanças correram bem, as demoras dos clínicos não ultrapassam os sete minutos até porque uma boa parte dos médicos acaba por se manter em presença física nos serviços de atendimento. É este regime de excepção que utentes, médicos e autarcas querem que se mantenha mesmo depois de ser criada a rede de emergência pré-hospitalar. “Isto é uma injustiça, deixarem-nos aqui completamente desprotegidos, então se tivermos uma dor à noite temos de ir a Bragança”, afirmou com indignação Carlos Ferreira, um utente de Algoso, concelho de Vimioso, já a contar com viagens superiores a 40 minutos se precisar ser visto por um médico. João Frias, de Vimioso, questiona a política incompreensível dos governantes do país: “Antes tínhamos um centro de Saúde velho, tínhamos urgências, internamento, tudo, agora com um edifício novo, tiram-nos tudo”, dizia enfurecido. “Aqui os nossos vizinhos em Espanha se tivessem um centro de saúde destes faziam maravilhas”, acrescentou. Narciso da Veiga, residente em Caçarelhos, considera “dramático”, o encerramento de “urgências” nos centros de saúde: “E depois ainda dizem que querem combater a desertificação, assim ninguém pode ficar aqui, tiram-nos tudo até os serviços básicos”, reagiu.E quem conhece bem esta “agonia” dos utentes são os médicos de família, preocupados com os muitos casos que, não sendo classificados como “urgências”, são situações preocupantes que exigem um atendimento rápido e próximo. “Até concordo que as urgências sejam de imediato encaminhadas para os hospitais, mas o problema são as doenças agudas, que resposta é que vamos dar a uma doente que à noite tenha uma crise renal ou a uma criança como uma crise febril”, questionou Marcelino Marques da Silva, director do Centro de Saúde de Vila Flor. Em finais de Abril do ano passado os autarcas do distrito acabaram por assinar um protocolo com a Administração Regional de Saúde do Norte, onde constava a decisão de acabar com o atendimento à noite aos fins-de-semana, depois de criada a rede de emergência. O governador civil, Jorge Gomes, reiteradamente explica que esse atendimento só vai acabar quando a eficácia dos novos meios estiver comprovada no terreno. Ora, Américo Pereira, presidente da Câmara de Vinhais, acredita que o próprio sistema vai demonstrar a necessidade de manutenção de um médico de prevenção em cada um dos centros de saúde: “Faz todo o sentido e por isso acredito que é assim que se vai manter no futuro”, afirmou.As duas SIV devem chegar à região até finais de Março, o helicóptero só em meados do ano. Uma das ambulâncias vai ficar estacionada em Miranda do Douro, outra em “Torre de Moncorvo durante o dia e em Freixo de Espada à Cinta à noite”, revelou José Santos, presidente da Câmara de Freixo. O helicóptero vai ficar em Macedo de Cavaleiros. Entretanto vão ser criadas duas Unidades Básicas de Urgência, que terão em permanência, dois médicos ao serviço, uma em Mogadouro outra em Macedo de Cavaleiros. Berta Nunes, coordenadora da Sub-região de Saúde de Bragança, adiantou que “está tudo” em preparação. Nesta altura em Mogadouro estão em fase de criação todas as condições necessárias: “Vamos ter radiologia em permanência, estamos a instalar meios para a realização de análises, a reforçar as equipas de enfermagem, etc”. A maior dificuldade assenta no recrutamento de mais médicos dado que os sete clínicos que trabalham em Mogadouro não são suficientes para garantir o atendimento permanente. “Temos de nos socorrer de médicos de outros concelhos”, disse. A responsável disse ainda à Voz do Nordeste que na área da Telemedicina já foi feito um “upgrade” da largura de banda para permitir o perfeito funcionamento do sistema. Por exemplo na teleradiologia, os ficheiros transmitidos pela Internet eram bastante pesados o que tornava o sistema lento e inoperacional. “Com o aumento da largura de banda acreditamos que já não existem razões para que as coisas não possam funcionar em pleno”, explicou.


Atendimento nocturno nos centros de saúde aumentou

No último ano, mesmo com um médico nos centros de saúde apenas de prevenção, o número de atendimentos entre as 00h00 e as 08h00 até registou um ligeiro aumento. Tomámos como referencia o mês de Dezembro. Em termos globais, em 2006, a média de atendimentos foi de 1,3 e em 2007 de 1,4. No período entre as 20h00 e as 24h00 a procura foi maior: em 2006 a média foi de 4 utentes por noite, em 2007 passou para 4,4. A procura continua a ser pequena mas a cada um destes números estatísticos corresponde um ser humano que merece tanto respeito e cuidado como quem vive no litoral do país.



Linha Saúde 24 pouco utilizada

Apesar de todas as campanhas nacionais de divulgação da linha Saúde 24, muitos utentes transmontanos, quando questionados sobre a sua utilização ainda respondem com outra pergunta: “O que é isso?” O numero grátis 808 24 24 24, de aconselhamento médico, não tem tido grande procura na região, aliás, a própria coordenadora da Sub-Região de Saúde confirma que Bragança é o distrito onde se verifica menor procura. Marcelino Marques da Silva, médico de família, não estranha esta realidade, compreendendo “as dificuldades de comunicação” de muitas pessoas idosas, a iliteracia e até a atrapalhação natural de quem está doente e precisa de ajuda, sobretudo por telefone. Esta linha serve para aconselhamento e encaminhamento das mais variadas situações. Do lado de lá, técnicos especializados fazem uma espécie de “avaliação” do problema aconselhando o utente em relação aos procedimentos a adoptar ou até mesmo encaminhando o doente para as urgências, se for caso disso.

Escrito por: Ana Fragoso in A voz do Nordeste, 24-01-2008

CHNE quer duplicar cirurgias de ambulatório

Unidade de Cirurgia de Ambulatório fica em Mirandela

Dentro de poucos dias vai ser inaugurada em Mirandela a Unidade de Cirurgia de Ambulatório do Centro Hospitalar do Nordeste (CHNE). Foram investidos nesta nova estrutura mais de dois milhões de euros que garantem “condições de excelência para a realização de cirurgias em regime de ambulatório”, reconheceu Fernando Araújo, presidente da Comissão Nacional para o Desenvolvimento da Cirurgia de Ambulatório (CNDCA). Este responsável visitou as três unidades hospitalares do distrito de Bragança para com os responsáveis locais avaliar as potencialidades e os constrangimentos locais e adiantou que esta comissão vai propor a implementação dessa unidade de ambulatório, integrada na rede nacional, em Mirandela. Essa era, de resto, uma das aspirações do presidente do Conselho de Administração do CHNE, Henrique Capelas. “Para a criação dessa unidade tínhamos o constrangimento das estruturas físicas que é ultrapassado com as obras realizadas em Mirandela”, explicou Fernando Araújo. A região apresenta outros constrangimentos, nomeadamente as distâncias. A cirurgia de ambulatório permite que o doente possa receber alta no mesmo dia em que é sujeito à intervenção, em regiões como Bragança, com enormes distâncias e vias de comunicação ainda deficitárias, essa situação pode ser um problema. “Como a lei permite o internamento por uma noite esse problema poderá ser também ultrapassado”, acrescentou aquele responsável. No CHNE apenas 15 por cento das cirurgias realizadas são efectuadas em regime de ambulatório. Doravante o objectivo é conseguir ultrapassar a margem dos 30 por cento e uma das áreas clínicas em que esse tipo de intervenções pode ser mais significativa é precisamente na oftalmologia, a especialidade com maior lista de espera. “Temos listas de espera que ultrapassam os 120 dias, queremos reduzir esse tempo pelo menos em 30 por cento”, referiu Capelas. Em 2006 realizaram-se no CHNE 6772 intervenções cirúrgicas, das quais 4794 programadas. Dentro das cirurgias programadas, apenas 738 foram realizadas em regime de ambulatório. Em 2008 o CHNE aspira realizar duas mil intervenções em ambulatório. Esta actividade vai-se centrar em Mirandela, podendo em Macedo de Cavaleiros funcionar um núcleo de cirurgias de ambulatório mas apenas na área da ortopedia, já que a especialidade está concentrada nessa unidade de saúde.Henrique Capelas continua a insistir que a nova unidade que vai abrir portas em Mirandela nasce para servir todo o nordeste.
Escrito por: Ana Fragoso in A voz do Nordeste, 24-01-2008

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Urgência pediátrica em risco




Falta de médicos coloca em risco o Serviço





A administração do Centro Hospitalar do Nordeste (CHNE) está com dificuldade em assegurar a urgência pediátrica na Unidade de Saúde de Bragança, devido à falta de especialistas, agravada com a recente baixa de uma pediatra. A situação poderá levar ao encerramento da Urgência Pediátrica do Hospital de Mirandela. O Mensageiro apurou que, desde Junho de 2007, que o director do serviço de pediatria do CHN tem vindo a informar a administração da dificuldade em prestar um serviço eficiente e de qualidade, nas duas unidades de saúde. Em Mirandela existem três pediatras e em Bragança apenas um, dado que uma profissional está com um atestado médico de longa duração. Esta falta de recursos humanos leva a que exista uma maior mobilidade dos médicos, o que tem causado algum incómodo. Nos últimos dias, conselho de administração e director de serviços reuniram para tomar decisões sobre esta situação, ficando praticamente assente que a urgência e o internamento de pediatria ficaria apenas concentrado em Bragança, tendo em conta que ali existe a maternidade e a neonatologia. (...) O director clínico admitiu a falta de recursos humanos na especialidade e que são obrigados a tomar algumas decisões temporárias.

Texto com supressões
Escrito por: Fernando Pires in Mensageiro de Bragança, 10-01-2008

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

CHNE marca presença em Toro

CHNE marca presença em Toro

Doentes crónicos expõem trabalhos


A Feira Medieval realizada no passado fim-de-semana em Toro, Espanha, apresentou os trabalhos realizados pelos doentes crónicos do foro psiquiátrico da Unidade de Doentes de Evolução Prolongada (UDEP) do CHNE (Centro Hospital do Nordeste). Canetas, T-shirts, Pins e Porta-chaves são objectos que os doentes fabricam na Oficina Laboral da Quinta da Trajinha e que estiveram à disposição dos milhares de visitantes da Feira, integrada na tradicional Festa da Vindima. Este género de iniciativas prende-se com o objectivo de fomentar a reabilitação dos doentes de foro psiquiátrico, promovendo junto da comunidade o reconhecimento das capacidades laborais destas pessoas. A participação na Feira surge integrada no programa transfronteiriço Interreg IIIA/ UDEP e foi organizada pela Fundação Intras, um dos parceiros do CHNE, que também esteve presente na feira de artesanato em Bragança, no passado mês de Maio.


in Jornal Regional
"Consulta a Tempo e Horas" em Bragança
Marcação de consultas de especialidade online evitam deslocação dos utentes



Entrou hoje em funcionamento um novo sistema informático Centro Hospitalar do Nordeste (CHNE) que irá facilitar a relação entre a população do distrito de Bragança e as principais unidades de saúde, no que diz respeito à marcação de consultas de especialidade.
De acordo com uma nota do CHNE, acabaram as tradicionais credenciais que o médico de família tinha de passar ao utente sempre que era necessária uma consulta em qualquer especialidade e que obrigavam o utente a deslocar-se à unidade hospitalar mais próxima para marcar a consulta.

Agora este trabalho é feito nos centros de saúde, evitando "papelada" e as deslocações dos utentes num distrito com deficientes acessos. As consultas são marcadas através de comunicação electrónica entre os centros de saúde e as três unidades hospitalares da região, em Bragança, Macedo de Cavaleiros e Mirandela.

O projecto, denominado "Consulta a Tempo e Horas", está integrado no programa Simplex (desburocratizarão na administração pública) para a área da Saúde.


in Jornal de Notícias (Segunda-feira, 15 de Outubro de 2007)