quinta-feira, 29 de maio de 2008

Aumento de 50% na procura de dietéticos em Bragança


Já começou a corrida aos dietéticos na cidade de Bragança. De acordo com alguns farmacêuticos, nesta altura do ano, há uma procura exponencial de produtos para ajudar a emagrecer. Relativamente à época de Inverno o aumento situa-se na ordem dos 50%.
Com o aproximar do Verão as mulheres entre os 30 e os 50 anos de idade são as que mais procuram este tipo de medicamentos, mas segundo alguns farmacêuticos há cada vez mais homens a querer um suplemento para reduzir o peso.
Nas farmácias faz-se publicidade a Anti-celulíticos, cremes, comprimidos para emagrecimento, entre outras ofertas. “Nesta fase começa haver uma procura maior desse tipo de produtos começam a preocupar-se com a forma para o verão”, refere uma das farmacêuticas entrevistadas pela Brigantia, acrescentando que “hoje em dia já se nota a nível dos homens uma grande preocupação com a procura destes produtos, já percebem que é importante manter a forma e que já há produtos específicos para eles”. “A partir de Março, todos os anos sente-se uma maior procura, mais de 50%”, considera outra farmacêutica.
Os farmacêuticos recomendam exercício físico aliado ao efeito dos medicamentos e por isso os responsáveis pelos ginásios de Bragança também sentem uma forte procura nesta altura do ano. “Eu diria que é substancial, sentimos que de facto nesta altura há uma maior procura de novos frequentadores”, refere o proprietário de um ginásio de Bragança. “Já há quatro anos que trabalho nesta área e sempre nesta altura do ano a afluência é muito superior, os homens são mais fiéis na procura”, admite a responsável de um ginásio brigantino.
Elisabete Ventura, nutricionista do centro de saúde de Bragança, admite que os produtos para ajudar a emagrecer podem ter algum efeito, mas salienta que há outras atitudes a tomar relativamente ao estilo de vida. “Pode a curto prazo ter algum efeito, mas em primeiro lugar ter uma alimentação equilibrada, fazer uma boa ingestão de água, e praticar exercício”, defende a nutricionista salientando que “normalmente estes três cuidados acabam por evitar ter que se chegar ao uso de determinados produtos”.
Danças africanas, artes marciais, aeróbica, step, cardiofitness são várias as actividades que estão disponíveis nos ginásios e que os brigantinos procuram com maior assiduidade nesta altura do ano, em que estamos a cerca de um mês do início oficial do Verão.


Publicado in "Rádio Brigantia" (28 de Maio de 2008)

Gestão do Serviço de Urgência Básica gera polémica em Macedo


A câmara de Macedo volta a contestar a gestão do Serviço de Urgência Básica da cidade pela Sub-Região de Saúde de Bragança, apesar de estar a funcionar nas instalações da Unidade Hospitalar distrital. A autarquia não concorda com esta situação que quer ver alterada.
O serviço de urgência básica funciona afectado ao centro de saúde, mas segundo a autarquia deveria estar a cargo da direcção do Centro Hospitalar do Nordeste, ou seja, do hospital distrital de Macedo. Uma decisão que vem em despacho no Diário da República, e para que não restem dúvidas, o presidente Beraldino Pinto levou para a reunião de Câmara cópias dos documentos que comprovam a decisão do Governo. “O despacho é muito claro, o hospital de Macedo integra a rede de urgências”, assinala o autarca referindo que “é isso que nós exigimos, que seja cumprido por ser de direito próprio e por ser legalmente o que está definido”.
Em posse dos documentos, o vereador da oposição, Rui Vaz, não está ainda convencido da necessidade de afectar o serviço de urgência ao Hospital. “ Estou preocupado é que a saúde em Macedo e em particular o serviço de urgência básico seja eficiente e seja aquilo que os macedenses exigem”, considera o vereador afirmando que “a partir desse momento, seja de um lado seja do outro, acho que é secundário”.
Documentos à parte, a gestão do serviço de urgência básica de Macedo vai continuar a cargo do centro de saúde, até que Ana Jorge algo indique em contrário. A autarquia já contactou a ministra da saúde, mas ainda não obteve resposta.
Um assunto que tem sido debatido durante as últimas três sessões do executivo camarário de Macedo de Cavaleiros.
Publicado in "Rádio Brigantia" (27 de Maio de 2008)

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Jovem de Bragança morreu com anorexia

Um caso de morte por anorexia já foi registado em Bragança.
Aconteceu há 10 anos mas o problema não deixa de ser actual. Na região há vários casos de adolescentes a sofrer desta doença.
As raparigas são as mais afectadas por esta disfunção alimentar, mas os jovens de sexo masculino, mesmo que em menor número também são atingidos pela patologia. E o caso de morte ocorreu precisamente com um rapaz de 15 anos.
A anorexia nervosa esteve em análise, ontem no Instituto Português da Juventude, no âmbito do trabalho: “Anorexia Nervosa/Influência Social”, apresentado por um grupo de alunos da Escola Superior de Educação de Bragança.
Elisa Vieira, pedopsiquiatra relembrou que Bragança já teve um caso de morte por anorexia. “Houve apenas um, mas quando chegou á primeira consulta num estado de caquecia de tal ordem que teve de ser transferido para um hospital central e já não havia nada da a fazer” conta. Esta especialista afirma ainda que na região “há alguns casos tanto de bulimia como de anorexia e entrando no estado de doença há alguns mas não são muitos”.
Elisa Vieira não quer deixar conselhos aos jovens que ajudem a prevenir a doença, prefere enviar a mensagem aos fabricantes de roupa. “Há algumas marcas preferidas dos jovens que foram proibidas de fazer tamanhos S mas se formos às lojas encontramos jovens magras a dizer que não se conseguem meter dentro de um L”. Por isso defende que tem de “haver uma legislação que obrigasse a fazer tamanhos maiores”.
Na sessão estiveram presentes alunos de algumas escolas de Bragança.
Marta Morgado, porta-voz do grupo responsável pela realização do trabalho garante que os jovens ficaram sensibilizados com o tema. “Recolhemos alguns vídeos que tinham imagens chocantes e só desta maneira é que se incentivam e por isso acho que alguns ficaram sensibilizados”.
A anorexia nervosa caracteriza-se por uma rígida e insuficiente dieta alimentar, envolvendo componentes psicológicos, fisiológicos e sociais.
A anorexia pode mesmo colocar em risco a vida da pessoa e comprometer drasticamente a saúde.



Publicado in "Rádio Brigantia" (20 de Maio de 2008)

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Hepatite afecta três por cento da população

Toxicodependentes são população de risco, mas grande parte dos casos não está identificada
Cerca de 3% da população está infectada com o vírus da hepatite B e C. No entanto, os números poderão ser maiores, já que os grupos de risco, como os toxicodependentes, são os que apresentam maior prevalência desta doença e a maioria deles não estão identificados.
Os dados foram revelados à margem de uma conferência, realizada na semana passada, no Instituto Politécnico de Bragança, vocacionada para os proffissionais de saúde.
Considerada por Fernando Andrade, do Centro de Respostas Integradas (CRI), como uma "doença comportamental", relacionada com comportamentos de risco, as hepatites devem ser alvo de sobretudo de prevenção.
Os especialistas consideram que é necessário alertar a população que usa drogas por via intravenosa para que não partilhem seringas. Mas o alerta deve ser também dado aos mais jovens, para que não tenham relações sexuais desprotegidas.
O CRI trabalha com a população que usa drogas ilícitas e licitas, como é o caso do álcool e do tabaco. Dos 1400 utentes inscritos, os especialitas referem que apenas 855 foram rastreados. Acresce ainda que parte da população infectada está em estabelecimentos prisionais, local onde, segundo os especialistas, "existe grande valência de doenças infecto-contagiosas".
Sempre que é detectado um doente com hepatite, os especialistas reencaminham-no para as consultas de Medicina para dar início ao tratamento. Todos os medicamentos necessários são fornecidos pelo Hospital e têm efeitos laterais semelhantes à gripe. No entanto, conforme sublinhou Eugénia Parreira, são tratamentos que permitem reduzir a carga viral e o risco da doença evoluir. Por isso, os utentes devem ser seguidos durante meio ano ou um ano, sem interrupções, consoante as indicações do médico.
"O pior que pode acontecer é o doente suspender o tratamento", alertou a especialista, uma vez que isso leva à resistência do vírus a novas terapêuticas.
Da experiência que tem como profissional no serviço de Medicina Interna no Centro Hospitalar de Bragança, Eugénia Parreira afirma que quase 90% dos doentes leva o tratamento até ao fim, embora com "muito sacrifício pessoal".
A hepatite B é transmitida através de sangue, agulhas, materiais cortantes contaminados, tintas de tatuagens ou relações sexuais. Já a hepatite C é transmitida, sobretudo, através de transfusões sanguíneas, uso de drogas, entre outras.
Escrito por Carla A. Gonçalves e publicado in "Mensageiro" (16 de Maio de 2008)

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Pediatria com novas tecnologias


Crianças internadas no hospital passam a poder aceder à Internet num novo espaço

O Centro Hospitalar Nordeste inaugura amanhã, no serviço de pediatria do Hospital de Bragança, uma sala de informática para utentes, no âmbito do programa “Um Sorriso com as TIC”, da Fundação para a Divulgação das Tecnologias de Informação. Na sala foram instalados cinco computadores multimédia, com ligação à internet em banda larga e conteúdos lúdico-informativos destinados as crianças e adolescentes, até aos 16 anos, internados no serviço de pediatria deste Hospital. O objectivo fundamental do espaço é permitir uma maior humanização e amenização da permanência das crianças em meio hospitalar. Na sala de informática da pediatria os internados podem aceder à internet, a material lúdico, preparado para estas faixas etárias, e comunicar com os pais ou amigos, através dos serviços on-line disponíveis. Os computadores estão equipados com webcam e software que permite a comunicação em tempo real. As primeira unidades a usufruir deste serviço foram o Instituto Português de Oncologia do Porto, o Hospital Pediátrico de Coimbra e o Hospital D. Estefânia, em Lisboa. O programa, da Fundação para a Divulgação das Tecnologias de Informação, tem como parceiros o Ministério da Saúde, a Secretaria do Estado do Desporto e os hospitais aderentes. A instalação dos equipamentos em Bragança só foi possível numa terceira fase do programa, dada a taxa de ocupação deste serviço ser inferior à de muitos outros hospitais do país, que também se apresentaram a concurso. A inauguração do equipamento neste Hospital conta com a presença do secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Laurentino Dias, e de Idália Moniz, Secretária de Estado da Reabilitação. Após a inauguração do equipamento da pediatria, Laurentino Dias irá ainda inaugurar o campo de futebol da Unidade de Doentes de Evolução Prolongada, recentemente requalificado. Esta foi uma obra realizada pelo Centro hospitalar, ao abrigo do programa Interreg, que custou 60 mil euros.



Escrito por Ana Preto e publicado in "Mensageiro" (15 de Maio de 2008)

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Asma sem meios de diagnóstico

Sub-Região de Saúde quer identificar todos os asmáticos e promover o auto-controle da doença
Faltam meios no distrito para diagnosticar correctamente os doentes com asma. No distrito existem cerca de 1500 pessoas que sofrem desta doença crónica mas o número poderá ser mais elevado uma vez que ainda não há um registo acerca destes doentes. No Dia Mundial da Asma, que se assinala hoje, a Sub-Região de Saúde promove, nos vários centros de saúde do distrito, sessões informativas acerca da asma e alguns rastreios. A coordenadora da Sub-Região de Saúde de Bragança considera que existe muita falta de informação acerca da asma e que, por vezes, as pessoas confundem os sintomas com constipações e rinites. A asma caracteriza-se pela falta de ar (dispneia), sibilos (gatinhos), tosse seca e sensação de aperto no peito. Embora se desconheçam quais os factores que desencadeiam esta doença crónica, os especialistas apontam que os alergénios inalados, como o pó, ácaros, pólens e pelos de cães e gatos, podem desencadear crises, assim como o tabaco, o fumo e a poluição ambiental, certos medicamentos e exercício físico. . Acontece que no distrito faltam também meio de diagnóstico às alergias, que podem agravar os sintomas da asma sobretudo na altura da Primavera. O Centro Hospitalar do Nordeste conta apenas com um pneumonologista que não consegue dar resposta a todas as necessidades, obrigando ao encaminhamento de doentes para Vila Real ou para o Porto.
“Você pode controlar a sua asma”
Ainda assim, a coordenadora diz que está a ser feito um esforço para dar formação nesta área aos profissionais de saúde, nomeadamente médicos e enfermeiros. O objectivo é vir a identificar e a diagnosticar todos os doentes com asma e promover o auto-controle da doença. “É possível ensinar os doentes a controlar a asma para que possam ter uma vida normal, sem sintomas ou com sintomas mínimos”, explicou. Para isso, a Sub-Região pretende promover sessões informativas individuais e de grupo. Ao mesmo tempo, todos os centros de saúde serão equipados com debitometros, pequenos aparelhos que medem a capacidade respiratória e indicam se o doente está melhor ou pior. Conforme explicou Berta Nunes, se a pessoa estiver com a asma controlada, “os valores serão normais ou próximos do normal”. Caso contrário, a capacidade respiratória estará comprometida até porque a inflamação implica um estreitamento das vias respiratórias provocando dificuldades na expiração. A coordenadora vai ainda apelar aos especialistas para que apliquem os testes de espirometria, um exame que mede a quantidade de ar que passa pelos pulmões e que “é essencial para o diagnóstico da asma”. O número de asmáticos em Portugal ronda dos 600 mil, um número que na última década duplicou. A tendência, segundo a coordenador, é mesmo para um aumento da prevalência desta doença na sociedade, sobretudo nas mais urbanizadas. No distrito, a prevalência da doença é idêntica ao resto do país e afecta sobretudo as mulheres. No tratamento de crises asmáticas os doentes devem recorrer aos chamados “medicamentos de alívio”, os broncodilatadores inalados, mas, havendo um diagnóstico correcto, os doentes podem controlar a asma através de medicamentos que evitam o aparecimento de crises.
Escrito por Carla A. Gonçalves e publicado in "Mensageiro" (9 de Maio de 2008)

quarta-feira, 7 de maio de 2008

José Silvano quer reabertura da maternidade

O presidente da Câmara Municipal de Mirandela defende a reabertura imediata da maternidade local. José Silvano sustenta este pedido com a última declaração da Ministra da Saúde sobre o encerramento das salas de parto no pais. Ana Jorge disse, hoje, no parlamento que a realização de 1500 partos anuais não pode ser critério para encerrar as maternidades, sobretudo em zonas onde as pessoas revelam mais dificuldades em aceder aos hospitais.Depois de ouvir esta declaração, José Silvano, o presidente da Câmara de Mirandela, aplaudiu-a. Justifica esta perspectiva de Ana Jorge, porque, segundo ele, a ministra trocou os decretos de Correia de Campos, que encerrou o serviço na cidade do Tua, pela realidade do interior do país. Assim, defende que Ana Jorge haja em conformidade com o que diz e reabra a maternidade de Mirandela. Também o autarca de Chaves salienta que a nova perspectiva da Ministra da Saúde vem dar razão à luta que mantêm no Tribunal Admnistrativo de Mirandela, para manterem a manternidade local. Recorde-se que uma comissão de utentes apresentou uma providência cautelar para tentar anular a decisão tomada pelo ministro Correia, que mandou encerrar a maternidade de Chaves.




Publicado in "http://www.rba.pt/" (7 de Maio de 2008)

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Suspeitas de tuberculose em infantário de Mirandela

Na semana passada, foi efectuado um rastreio a quinze auxiliares e educadoras de infância e os resultados terão dado positivo na maioria dos rastreados. As autoridades de saúde ainda não prestaram informações oficiais sobre o assunto, facto que está a preocupar os pais das crianças que frequentam aquele infantário.
Os pais das crianças do jardim-de-infância da Praça, em Mirandela, estão indignados com a falta de informação das autoridades de saúde sobre os rumores de um eventual surto de tuberculose naquele infantário. O alarmismo surge na sequência do teste de despistagem da tuberculose que foi efectuado no passado dia 21 de Abril aos quinze adultos (auxiliares e educadoras) que trabalham naquele infantário e que, alegadamente terá dado positivo a muitos dos rastreados. Os pais estão desesperados e já falam em retirar os filhos do infantário enquanto não houver esclarecimentos sobre o assunto. “Vou tirar de lá a minha filha e vou aguardar pela notícias do presidente do agrupamento ou do delegado de saúde” refere o pai de uma criança. “Não fomos informados de nada e no mínimo a escola devia informar os pais” afirma uma mãe.
O receio é de tal ordem que alguns pais já tiveram a iniciativa de se deslocar ao centro de saúde para efectuar o rastreio, mas essa possibilidade foi-lhes negada “porque dizem que existe um protocolo e enquanto não for accionado não podem fazer o rastreio” explica esta mãe.
Esta não é uma situação nova. Já o ano passado, foi sinalizado um caso de tuberculose numa funcionária da cantina da residência de estudantes, que serve as refeições do infantário da Praça. Como medida preventiva, as autoridades de saúde efectuaram um rastreio de tuberculose às crianças e adultos do referido infantário tendo dado resultado positivo numa auxiliar, que desde então está de baixa médica. Também aqui, os pais dizem-se revoltados por não terem sido informados deste rastreio aos seus filhos.
O presidente do agrupamento de escolas Luciano Cordeiro diz já ter informações do delegado de saúde que “a situação está controlada” e que “neste momento não há razão para fechar o infantário” que é frequentado 64 crianças e 15 adultos.
Numa nota à imprensa, o delegado de saúde de Mirandela não confirma nem desmente se houve casos positivos no rastreio da semana passada, apenas confirma o pedido de requisição de outros exames complementares de diagnóstico, tais como RX pulmonar e análises da expectoração com pesquisa do bacilo.
Morais Fernandes confirma os dois casos de tuberculose detectados o ano passado nas duas funcionárias acrescentando que são muito pouco contagiosos, uma vez que foi encontrado o bacilo causador da doença no lavado brônquico após 60 dias de cultura e que ambos os casos estão a ser tratados e seguidos.
Escrito por Brigantia, publicado in "www.brigantia.pt" (30-04-2008)